Quinta-feira, 13 de julho de 2006
O sol ajuda a limpar a atmosfera
A quantidade de poluentes limpos da atmosfera parece depender da radiação ultravioleta vinda do Sol, sendo um fator muito significativo para a reação de alguns desses compostos. A Troposfera beneficia de um processo de autolimpeza de óxidos de azoto, metano e monóxido de carbono, através do radical hidroxila (OH) que é criado quando a radiação ultravioleta parte a molécula do ozônio para produzir átomos de oxigênio que vão reagir com a água. Os radicais hidroxilas têm uma elevada atividade e reagem rapidamente com os gases da atmosfera.Para se averiguar a eficácia do processo procedeu-se a medições diretas dos radicais hidroxilas durante 5 anos, num método complicado à partida devido à rapidez com que os radicais reagem. O estudo foi realizado na Alemanha e concluiu-se que as concentrações de OH se mantêm constantes de ano para ano, o que poderá significar que há suficiente “detergente natural” na atmosfera. Os OH podem ser formados em diferentes reações que os reduzem, reutilizam e reciclam, no entanto, e para espanto da comunidade científica, as concentrações globais do radical mantêm-se e parecem depender essencialmente da intensidade de uma gama de radiação ultravioleta. Esta dependência da radiação era uma idéia antiga mas não aceite e demonstrada, mas as previsões pela análise da radiação são muito mais precisas do que os complexos modelos das complexas reações atmosféricas e deste modo a avaliação da concentração dos radicais foi bastante simplificada.O futuro deste “detergente” estará dependente do estatuto da camada de ozônio, mas por enquanto o processo de limpeza continua a funcionar bem.
Fonte:
www.naturlink.ptSegunda-feira, 17 de julho de 2006
BIODIVERSIDADE NÃO ADMITE OBSTÁCULOSCientistas temem que as tentativas de fechar a fronteira entre os Estados Unidos e o México tenham um grande impacto sobre a natureza e a ecologia, frágil e única, da região. O recente envio da Guarda Nacional norte-americana à região e a idéia de construir muros e obstáculos preocupa muito os ecologistas dos dois países, que participaram da vigésima reunião anual da Sociedade para a Biologia da Conservação, em San José, Califórnia, entre 24 e 28 de junho. “Um muro teria profundos impactos ecológicos”, alertou Laura López-Hoffman, ecologista da Universidade Nacional Autônoma do México. “Impediria o movimento de muitas espécies e algumas áreas seriam destruídas durante a construção”, disse ao Terramérica, em San José. Ao longo da fronteira há muitas espécies exóticas e ameaçadas, e algumas áreas são vitais para as espécies migratórias, explicou. “Não estudamos as potenciais conseqüências ambientais de obstáculos ou muros, mas está claro que haverá impactos”, assegurou a especialista.
Fonte:
www.envolverde.com.brTerça-feira, 18 de julho de 2006
Grandes empresas revelam por que adotam política não-transgênica
Para atender exigências do mercado, algumas das maiores indústrias de alimentos e redes varejistas que atuam no Brasil já adotaram uma política de não utilização de transgênicos. Essa é a principal conclusão do “Relatório Brasileiro de Mercado: a Indústria de Alimentos e os Transgênicos”, lançado hoje pelo Greenpeace no auditório da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais), em São Paulo. O estudo comprova que essa política traz resultados lucrativos, sem implicar em dificuldades técnicas insuperáveis.
O documento, produzido por um jornalista independente e com prefácio do Instituto Ethos, conta a experiência de 13 grandes empresas alimentos que adotaram uma política de não utilizar organismos geneticamente modificados em seus produtos. O estudo se baseia no depoimento de dez fabricantes de alimentos (Batavo, Brejeiro, Caramuru, Ferrero, Imcopa, Josapar, Perdigão, Sadia, Sakura e Unilever) e três redes varejistas (Carrefour, Pão de Açúcar e Sonae). Juntas, têm um faturamento anual de mais de R$ 54,7 bilhões (levando-se em conta apenas as que divulgaram seus dados financeiros).
Fonte:
www.greenpeace.com.brQuarta-feira, 19 de julho de 2006
Japão prepara previsão do tempo de 30 anos
Um supercomputador acompanha temperaturas globais, índices de chuva e movimentos da crosta, para prever desastres naturais ao longo dos séculos TÓQUIO - O Japão planeja criar previsões meteorológicas de longuíssimo prazo, de até 30 anos, para antecipar tufões, tempestades, nevascas e secas, informam autoridades. O projeto, que terá início no próximo ano, usará o potencial de um dos supercomputadores mais rápidos do mundo e é fruto de uma pesquisa do ministério da Ciência do país para mapear o aquecimento global pelos próximos 300 anos. Usando o supercomputador Earth Simulator (Simulador da Terra), instalado num prédio do tamanho de um hangar em Yokohama, o governo japonês pretende calcular padrões de longo prazo na interação entre pressão atmosférica, temperatura do ar, correntes oceânicas e temperatura do oceano, disse Tomonori Otake, representante do gabinete ambiental o ministério. Os resultados ajudarão a estabelecer rotas previsíveis para tufões e a identificar áreas que são alvo preferencial de chuvas pesadas, neve, ventos fortes, calor intenso ou secas. "Poderemos ver quais as áreas de risco de começar a pensar em medidas", disse Otake. Aviso prévio poderia permitir que o governo aloque dinheiro e recursos para áreas com potencial de desastre antes que o desastre ocorra. O ministério está delineando os parâmetros do projeto e aceitará ofertas de cientistas que pretendam dar início ao programa. O orçamento ainda não está definido, mas poderá ser de cerca de US$ 26 milhões ao ano. O Earth Simulator foi o computador mais rápido do mundo entre 2002 e 2004, quando o Blue Gene da IBM arrebatou o título. Mas o computador japonês ainda é capaz de realizar 35,6 bilhões de cálculos por segundo. A máquina acompanha temperaturas globais, índices de chuva e movimentos da crosta, para prever desastres naturais ao longo dos séculos. Mas não espere usar o Earth Simulator para marcar as férias de verão de 2050: as previsões da máquina tratam apenas de grandes tendências gerais.
Fonte: http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/jul/18/142.htm